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Entrevista com o professor e escritor Eduardo Coelho

Atualizado: 30 de mar. de 2023

Pela primeira vez aqui no blog temos a imensa e inenarrável alegria de entrevistar um docente, herdeiro da política inclusiva de Paulo Freire, o Tricolor de alta estirpe Eduardo Coelho

Eduardo Coelho (primeiro plano)

A entrevista dessa vez é com alguém que admiramos deveras, o professor de nossa rede pública de ensino, escritor e pesquisador ligado à história do Fluminense Football Club, Eduardo Coelho.


Conhecemos pessoalmente Eduardo há cerca de 10 anos, no lançamento de nosso livro sobre João Coelho Netto, o Preguinho. Já conhecíamos Eduardo pelo Facebook, ele já era uma figura conhecida entre os Tricolores raiz, os interessados pela história do clube, para além dos resultados imediatos. Sua aproximação foi elegante e discreta. Comprou um exemplar, que autografamos de pronto, e antes de ir trocamos palavras gentis. O professor demonstrou sincero interesse pelo making off da obra, falamos um pouco sobre meu pai e Preguinho e pouco tempo depois saiu à francesa, nos deixando imensamente alegre pela presença.


Nessa entrevista Eduardo fala de sua atuação política, de sua paixão pela história e pelo nosso Fluminense, de outros temas meritórios nos tempos que urgem posicionamento marcadamente social e político


7 Perguntas para Eduardo Coelho:


1) Eduardo, você é um professor da rede pública engajado, com um pensamento e práticas progressistas, isso em algum momento foi um empecilho em sua carreira? Sua posição político-partidária lhe dá mais alegrias ou tristezas?


Há 40 anos resolvi que me transformaria em Professor de História e militante político de esquerda. Eu tinha 18 anos e prestava serviço militar no exército brasileiro. Foi um ano de muitas leituras e reflexões. Era o primeiro ano do governo de Leonel Brizola. Eram os tempos da redemocratização brasileira. E a presença do genial antropólogo Darcy Ribeiro me empolgava. Foi minha primeira inspiração para o caminho da Educação, depois veio Paulo Freire. Mas, ali no exército, eu percebia que a saída para o desenvolvimento do Brasil seria pela Educação e passando pelos rumos da esquerda. E claro, com muitas leituras de esquerda, de histórias de ex-exilados, minha rebeldia ia ao extremo em audaciosos atos. E eu pagaria preços altos pela personalidade forte e combativa, como a prisão. Então, de lá pra cá, fui me acostumando e ganhando experiências por várias perseguições e retaliações. Já várias vezes preso, demitido por fazer greve, processado na Justiça, várias tentativas de intimidação política. Mas tudo isso só fez com que eu ganhasse mais experiência e coragem pra lutar. As minhas posições político-partidárias só me deram alegrias. Como me forjei na luta combativa, as adversidades iam se transformando em testes, plenamente equacionáveis. Entre 2018 e 2019, vivi intensamente a luta por LULA LIVRE, viajando muito pelo Brasil. Quando não estava trabalhando, estava viajando, especialmente para Curitiba. Rodei por quatro das cinco regiões do Brasil. Como tenho muitas alegrias, estarei narrando esta trajetória de 40 anos de militante. E toda esta trajetória política, desde o início dos anos 80, está associada à liderança do Lula.


2) O ensino passa por uma discussão extremamente relevante nesse momento, você é a favor ou contra o Novo Ensino Médio?


Sou totalmente contrário ao Novo Ensino Médio! A partir do golpe de 2016, os golpistas instauram um projeto de educação, que pretende criar uma política educacional que vá formar o indivíduo neoliberal. Convencidos que existe o empreendedor de si mesmo. Um projeto de educação criado no governo Michel Temer. É um projeto que visa formar os trabalhadores para o mercado de trabalho desregulamentado. Onde apenas as disciplinas de Português e Matemática serão obrigatórias. O Novo Ensino Médio esvazia o conteúdo programático de disciplinas questionadoras, que formam o senso crítico e constroem cidadania, com uma carga horária reduzida. História, geografia, filosofia e sociologia, por exemplo. E criam disciplinas mirabolantes como Empreendedorismo, Projeto de vida, Como ficar milionário, RPG, etc. São mais de 1.500 disciplinas criadas. Uma verdadeira insanidade. É um projeto educacional que pensa a inserção no mercado de maneira individual. Isso aconteceu em vários lugares do mundo, como EUA, Grécia, etc. Está tudo sendo revogado da década de 2010 a 2020. Tem que consultar os professores, o que estão achando. Vamos começar ouvindo. E ouvir os alunos, os adolescentes. A maioria quer o fim. A escola para muitos estudantes é o único equipamento cultural. Temos que revogar o Novo Ensino Médio!


3) Dentro de sua formação há um espaço relevante para o futebol, como você vê a quase inexistência de posicionamento político dos jogadores de futebol?


Sempre gostei de futebol! Costumo dizer que a minha primeira subversão foi ser Fluminense! Pois, meu saudoso pai era vascaíno fanático e meu irmão mais velho também seguiu os rumos de São Januário. Mas o lado italiano materno falou mais alto. Os italianos, que já foram bem mais numerosos no Rio de Janeiro, em sua grande maioria adotaram o Fluminense como seu time do coração. Vale lembrar que foram os italianos os grandes criadores dos primeiros sindicatos no Brasil, no início do século XX. Inclusive, foi o futebol um dos meus primeiros elos de ligação com o líder dos trabalhadores, Luiz Inácio da Silva, o Lula. Era o primeiro grande líder político que assumia que gostava e acompanhava os jogos de futebol. Mas vejo com bastante naturalidade e tranquilidade a quase inexistência de posicionamento político dos nossos jogadores de futebol. Ao contrário de grande parte da esquerda e boa parte de nossa intelectualidade "não prego na cruz" os nossos jogadores de futebol por não terem posicionamento político. É apenas um reflexo de nossa sociedade, observando que a maioria dos jogadores de futebol surgem das camadas populares. Mas não nego que jogadores como Afonsinho, Sócrates, Wladimir, Casagrande, Rubens Galaxe, dentre outros, possuem um carinho muito especial no meu coração. Eu fui um grande apaixonado pela Democracia Corintiana, sou até hoje. Foi a coisa mais fantástica que existiu no futebol brasileiro.


4) O Fluminense Football Club é um clube de elite ou de todos? Como você vê a instituição tendo como parâmetro sua visão de torcedor politicamente engajado?


O termo elite durante muito tempo foi execrado. É compreensível, após a radicalização dos anos 60. Mas ser a elite é legal, Bacana! É ser o melhor, a nata. Cartola é a elite, Donga é a elite. O Fluminense era um clube que acima de qualquer coisa reunia a elite intelectual da capital do Brasil. Uma elite progressista. A família Guinle cunhou o DNA tricolor. De cinco irmãos, três presidiram o Fluminense: Guilherme, Carlos e Arnaldo. Arnaldo Guinle foi e criou a alma do Fluminense. A elegância, a fidalguia, o refinamento, a educação, a sofisticação, tudo veio do Dr. Arnaldo. O Dr. Arnaldo Guinle construiu o Fluminense, o ergueu, edificou e orientou. Os Guinle eram nacionalistas, sonhavam com um Brasil grande, com pujança econômica, cultural e esportiva. Os Guinle eram visionários! Arnaldo Guinle presidiu o Fluminense de 1916 a 1931 e depois de 1943 a 1945, e mais uma vez em 1955, por vinte dias, para apagar incêndios políticos. Pai não é aquele que coloca o filho no mundo. Pai é aquele que dá carinho, atenção, leva o filho na escola, no torneio de futebol, que dá bronca - com jeitinho - quando necessário. E o Arnaldo foi isso, 61 anos de muita dedicação ao Fluminense. Por isso, o Dr. Arnaldo Guinle é merecidamente o nosso Patrono, pois é disparado o maior nome da história do Fluminense. E não será nenhuma possível conquista futebolística futura, que destronará o Dr. Arnaldo Guinle de seu merecidíssimo posto. Destruindo alguns mitos criados por escritores lendários e talentosos, mas afirmo categoricamente que clubes de futebol não possuem - pelo menos no Brasil - ideologias políticas. Mas compreendo que o mundo do futebol permite - por diversos interesses - o surgimento de diversas lendas e fantasias. Se no passado, nós éramos o exemplo a ser seguido, nas décadas finais do século XX pra cá, tentaram equivocadamente nos colocar na posição de vilões da história. É uma piada. Era a consequência natural de anos de inveja, amarguras e ressentimentos em não ser como o Fluminense. É mais uma prova de que no mundo do futebol as coisas realmente não eram levadas muito a sério. Quando criaram o slogan, "Nós Somos a História", não gostei muito. Pareceu-me um pouco arrogante. Afinal, todos tem a sua história. Tudo é história. Sim, temos uma história muito singular, pioneira. No futebol, dentre as potências brasileiras, somos um clube pioneiro. No Rio de Janeiro, o nosso nome já é a própria homenagem e genética, Fluminense, mas "Clube de Todos" me parece mais simpático. "Clube de Todos" é de quem? Ora, de todos, de todas e de todes. Durante décadas, alguns tentaram nos ofender. Alguns, pretensos revolucionários e ditos como defensores dos oprimidos e do povo, se asfixiam enforcados nas suas ignorantes contradições, ao continuarem tentando nos insultar em plena realidade do século XXI. Pararam no tempo, inebriados por delirantes lendas heróicas e manipuladoras. No entanto, existem sociólogos e antropólogos sérios, desconstruindo lendas sem nenhum embasamento científico, que durante décadas foram vistas como verdades absolutas. Vejo com simpatia a criação do lema "Clube de Todos", acompanhado por algumas ações afirmativas muito interessantes. Como por exemplo, a criação da série de 12 capítulos, "Herdeiros de Chico Guanabara", com direção, roteiro e produção dos companheiros Leandro Carvalho e Dhaniel Cohen. Uma série fantástica que defende a instituição, informa e desmistifica muitas lendas e mentiras contadas por décadas com o interesse de depreciar o Fluminense. Confesso que ao assistir os primeiros capítulos, fiquei emocionado, até com lágrimas nos olhos, pois me recordaram de altas conversas - há cerca de dez anos - com o amigo Leandro Carvalho - o Campinho -, que também é historiador. Reparando atentamente nos meus livros de futebol, é perceptível uma visão de torcedor politicamente engajado. Eu sempre municio o torcedor tricolor de informações para que ele faça a defesa militante de nossa instituição, o Fluminense.


5) Além do futebol, nos conte que outros esportes o professor aprecia.


Sou de uma geração em que praticamente só existia o futebol como esporte e diversão. Mas meu pai na juventude foi um bom atleta de basquete, fato que fez que tivesse simpatia pelo esporte. Como jovem na década de 1980, acompanhei atentamente a evolução do vôlei desbancando o basquete do posto de segundo lugar no esporte nacional. Vi grandes jogos de vôlei da Atlântica-Boavista. Compareci ao inesquecível jogo de vôlei no Maracanã, em 1983, entre Brasil e União Soviética, com cerca de 100 mil pessoas. Foi fantástico, super emocionante, um momento histórico! Nos anos 1970, eu era um leitor voraz da Revista do Fluminense, que ganhava de um tio que era sócio do clube. Então, apesar de fanático pelo futebol do Fluminense, eu me tornaria muito bem educado pelo nosso próprio clube, aprendendo a respeitar e tratar com carinho todos os esportes. Na minha adolescência, Preguinho era o máximo, um símbolo! Desde a infância, outro tio querido possuía uma casa de campo com piscina, que não era muito grande, mas o suficiente pra semente germinar. Devagar, estou voltando a nadar no Fluminense duas vezes por semana. Tijucano, com a proximidade do Alto da Boa Vista e da Floresta da Tijuca, me habituei com alguns amigos a fazer corridas no meio da vegetação. E ainda passando pelo exército, as corridas eram muito frequentes. Entre 2003 e 2004, corri maratonas no Rio e em São Paulo. Minha última corrida longa foi a meia maratona do Rio de Janeiro, em 2015. Como sempre tive ligação com a questão ecológica e a defesa ambiental, o ciclismo sempre esteve presente na minha vida. Como bandeira política de melhor qualidade de vida, sempre defendi a utilização da bicicleta como meio de transporte. Então, nesse momento pós-pandemia, onde a prática esportiva é fundamental para melhorarmos nossa saúde física e emocional, digo que aprecio bastante e estou praticando, corrida, ciclismo e natação.


6) Seu livro Carioca de 1971 - A verdadeira história da vitória do Fluminense sobre a Selefogo Alvinegra foi lançado há cerca de 10 anos, assim como o nosso, Preguinho Confissões de um Gigante. Foi um período intenso de lançamentos literários ligados ao Tricolor das Laranjeiras. Qual a importância em seu modo de ver de obras que falem de nosso Fluminense? Aonde elas se encaixam pensando como instituição?


O livro "Carioca de 1971" foi lançado em 2011, quando completaram-se 40 anos daquele que foi o maior confronto entre Fluminense e Botafogo, diante de 142 mil pagantes. A ideia surgiu pelo meu engajamento na política tricolor. Queria dar munição pro torcedor tricolor defender o Fluminense. Cresci ouvindo uns bobalhões dizendo um monte de asneiras. No ano seguinte, 2012, lancei o "1952 Fluminense Campeão do Mundo". Pesquisa séria e profunda. No Rio de Janeiro, nenhum clube ou torcedor pode deslegitimar o título mundial do Fluminense, pois todos os clubes na época se reuniram aprovando o regulamento. Todos na época queriam ser campeões mundiais de clubes conquistando a Copa Rio. Mas, em 1952, o futebol ainda não tinha se transformado no mundo dos negócios bilionários e corrupção das últimas décadas pra cá. Gosto da opinião e do caráter de dois escritores, jornalistas e intelectuais rubro-negros: Ruy Castro e Roberto Assaf. Ambos compreendem e reconhecem o Fluminense como Campeão Mundial de 1952. O livro do querido Waldir Barbosa Jr., "Preguinho - Confissões de um Gigante", é um livro fundamental. É um livro que eu adoraria ter escrito! Preguinho é um personagem fascinante! O início da década passada foi realmente marcado por vários lançamentos literários tricolores. O que foi muito bom para o fortalecimento da história do Fluminense e da cultura tricolor. E não podemos jamais esquecer de mencionar o nosso companheiro Paulo Roberto Andel, que é uma máquina literária da mais alta produtividade e qualidade. O Andel é disparado o escritor com mais obras publicadas sobre o Fluminense. E isso é algo de gigantesco valor, que merece todo nosso respeito, por que todos nós quando estamos debruçados na produção de uma obra literária depositamos o nosso valioso tempo. Como diz o companheiro José Pepe Mujica, "O tempo é o bem mais precioso de nossas vidas". Como consequência dessa intensa produção literária tricolor, o nosso fantástico companheiro Heitor D'Alincourt teve a brilhante ideia de criar um estande na Bienal do Livro, em 2013. o Fluminense se tornava o primeiro clube de futebol a montar um estande na Bienal do Livro. Heitor é um homem de grandes ideias, comprou brigas enormes pra defender a minha participação na programação do estande. Seria uma grande contradição a minha não participação. Meus dois livros de futebol sobre o Fluminense estavam saindo muito bem, sendo bem elogiados e com espaços em programas esportivos de TV. Recebi um gentil convite e participei com muito gosto da programação. Interessante, teve gente que não gostava de minhas posições e tentou me criticar por participar. Eram tão lunáticos que diziam que eu estava lá pra vender livros, como se alguém em nosso país ganhasse dinheiro vendendo livros, especialmente de futebol. Mas nem liguei, é assim mesmo. Gente medíocre existe em tudo que é lugar. Onde eles estão, hoje? Sumiram, evaporaram. Eu tô aí humildemente lançando mais um fruto do meu esforçado trabalho, o "Carioca de 1973 - Uma Glória Tricolor Semeada em Solo Negro Africano".


7) Recentemente você lançou um novo livro, Carioca de 1973 – Uma Glória Tricolor Semeada em Solo Negro Africano; o que pode nos falar dessa obra que já chega como icônica? O "Carioca de 1973 - Uma Glória Tricolor Semeada em Solo Negro Africano", é o livro que me deu mais prazer em trabalhar até agora. Fiz uma pesquisa muito séria, profunda, detalhista, como jamais tinha feito antes. Os livros que tenho escrito - com exceção do "1952" - acompanham uma evolução da minha vida. Escrevi o texto há alguns anos, mas só pude operacionalizar a produção editorial agora. Entrevistei várias pessoas, ótimas. Algumas já se foram. Conhecendo a grandeza do nosso Fluminense, resolvi ir muito além do futebol. E fui muito feliz nisso. Trouxe aspectos de vários esportes olímpicos, da intensa vida social e cultural do Fluminense. A tradicional contextualização com o que ocorria no Brasil e no mundo. Fiz uma homenagem - como forma de trazer importantes informações - ao presidente Jorge Frias de Paula, que foi o segundo mandatário que mais tempo presidiu o Fluminense, durante o final dos anos 50, início dos 60 e início dos 70. Jorge Frias esteve ativo na política do Flu de 1955 - ano de sua primeira candidatura presidencial - até 1979, ano de sua morte. Era um personagem singular! Músico de jazz, atleta olímpico, empresário bem sucedido e dirigente esportivo vitorioso. Jorge Frias tinha tanto brilho, que já tem gente falando mal dele, dizendo que estou endeusando-o (risos). Como diz o dito popular, "a inveja é uma m..." Não conheci Jorge Frias de Paula. Não tenho motivos para endeusá-lo. Apenas faço pesquisa séria e descubro fatos. Mas conversei com pessoas que o conheceram bem: Luizinho do Flu Memória, Sylvio Kelly, Argeu Affonso, dentre outros. E as informações foram as melhores possíveis. Tive alguns fatos pitorescos na pesquisa. Tive dificuldade para descobrir o ano que Jorge Frias nasceu. Só consegui me dirigindo à Administração do Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio. Jorge Frias era vaidoso e escondia a idade. Só revelava o dia e o mês que nasceu, pra celebrarem o seu aniversário. Quando descobri o ano, missão cumprida. Aí, o rapaz da administração perguntou se eu queria visitar o túmulo. Como eu já estava ali mesmo, topei a parada. Afinal, "quem tá na chuva tem que se molhar". Foi a primeira vez que tinha visitado um cemitério sem participar de enterro. Era um dia de semana tranquilo, temperatura agradável. Fui lá conversar com o nosso presidente Jorge Frias. Agradecer a força, a sua dedicação ao Fluminense e as descobertas que estava fazendo. Eu sempre tive na memória, uma foto da Revista do Fluminense, de 1979, do Sylvio Kelly discursando ao lado do caixão com o corpo do Jorge Frias, momentos antes de baixar à sepultura. Foi legal visitar o túmulo do Jorge Frias de Paula. Não estava no roteiro, mas acabou sendo importante. Outro fato pitoresco, veio do nosso querido Denílson, o Rei Zulu. Ao perguntar-lhe sobre a data de seu primeiro casamento, Denílson não lembrava a data. Aí, caímos na gargalhada. E eu queria saber a data, pois o Felix tinha sido padrinho de casamento. Fui na igreja, na Rua Dr. Satamini, na Tijuca. Aí, na igreja, fui informado que os arquivos de 1973 estavam na Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos, também na Tijuca. Chegando nos Capuchinhos, descobri. Depois contei pro Denílson a data en que ele casou pela primeira vez. E demos novas gargalhadas. Lançamos o "Carioca de 1973", no final de janeiro, no Fluminense, como tinha que ser. Estou organizando um lançamento na Livraria Companhia do Livro, em Vassouras, no interior fluminense, provavelmente em abril. Este lançamento contará com o apoio da Universidade de Vassouras, patrocinadora oficial do Fluminense Football Club. A livraria fica em frente ao Campus da Universidade, no Centro de Vassouras. Estamos organizando a gravação de um vídeo com o companheiro Sergio Pugliese, do Museu da Pelada. Pretendemos organizar pequenos lançamentos pelo estado do Rio. Talvez possa ocorrer um lançamento na cidade de São Paulo. Tenho falado com Manfrini e Rubens Galaxe pra fazermos algo juntos. E estou procurando pelo Marco Antônio, nosso lateral-esquerdo, e também buscando contato com outros campeões de 1973. As pessoas tem gostado do livro. Isso é o mais importante. Estamos caminhando bem.

Desejamos ao professor Eduardo toda a sorte em sua jornada como docente e escritor!

Assim como agradecemos a gentileza e a receptividade ao nosso contato.


Carioca de 1973 - Mais recente livro de Eduardo Coelho

O livro encontra-se à venda na livraria da Travessa e em breve em outros pontos de venda.

  • Carioca de 1973 - Uma Glória Tricolor Semeada em Solo Negro Africano

  • 128 páginas

  • Formato brochura, tamanho 14 x 21 cm

  • Editora Maquinaria


Contato: @eduardocoelho13

Contato da editora: @rsmaquinariaeditora





Os livros de Eduardo já publicados:



Imagens da internet gentilmente cedidas pelo ator






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