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O Mito em Pessoa

Uma interpretação poética do mito pessoano


O mito em Pessoa é um corte

que escorre do corpo, sem morte

O mito em Pessoa é do navio a proa

é o cair da noite, sem noite

O mito em Pessoa é coexistir de outras

formas que à tona, destoam

O mito em Pessoa ressoa

com um grito, que não escoa

O mito em Pessoa é o nada que pousa

sobre a mão doente, no osso

O mito em Pessoa é o tudo que ousa

ser aquilo de podre, na boca


Waldir Barbosa Jr.


Imagem: internet

Esse poema fará parte do livro Poemas Proscritos e nada exemplares, a ser lançado em breve no Clube de Autores.

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