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Entrevista: Luiz Guilherme Beaurepaire, um inimigo do rei...

Livreiro apaixonado por sua matéria-prima, agora empenhado na carreira de escritor


Luz Guilherme de Beaurepaire
Luz Guilherme de Beaurepaire

Luiz Guilherme Beaurepaire é dessas figuras fáceis de acessar, sem entraves; amigo conquistado quando o contactei através da Livraria da Travessa online, tive o inerrável prazer de ver a biografia de João Coelho Netto, o Preguinho, resenhada por ele com incríveis sensibilidade e carinho. A partir daí venho acompanhando seu trabalho e crescimento profissional, e diria até existencial, pois percebo em suas resenhas e vídeos publicados em seu blog Bons livros para ler um imenso deleite, uma fruição de sentidos, odores e sabores que só um livro é capaz de desprender. Como amante da segunda arte, a literatura, fico imensamente feliz ao ver Luiz próximo de lançar seu primeiro livro, fruto natural da árvore frondosa do saber especial que é escrever uma obra. Tenho fé e certeza que o livro será um sucesso; seguem suas respostas face às perguntas de nosso blog:


1) Luiz, sua paixão pelos livros é um caso de amor antigo?


Um caso muito, muito antigo. Desde cedo, garoto, encontrei na leitura, no hábito de ler uma forma de conhecimento, um credenciamento para viajar pelo mundo das ideias e outros universos. Acho que de alguma forma, o que hoje as pessoas fazem com o Google, eu fazia pelos livros que lia – buscava conhecimento e informação.


2) Sua formação passa pelas Letras formais, ou se dá de forma empírica?


A escolha dos livros que leio e li até hoje fazem parte de uma seleção muito autoral. Claro que em meus tempos de pós-graduação, mestrado e doutorado eu seguia uma linha, havia uma seleção a ser seguida, fora isso, vou pelos meus interesses, e hoje, quando gosto de uma determinada obra, compartilho no site (bonslivrosparaler.com.br).


3) Inevitável falar de seu trabalho como integrante nos anos 90 da Banda Inimigos do Rei; em que medida o convívio com a banda o ajudou na compreensão e desenvolvimento da arte de escrever?


Foi um período muito bom que sempre me recordo com muito carinho. Ler sempre foi uma ferramenta para mim. Tanto que ao escrever a letra do principal sucesso da banda “ Uma barata chamada kafka”, essa letra surgiu em função da obra “Metamorfose”, do Kafka, que naquela época era uma leitura recorrente, e em função de uma invasão de baratas no apartamento no qual morava peguei o livro como “arma” e ao final do entrave surgiu a letra. Acho que o fato de ler contribui com a criação das letras. A banda, em si, foi um veículo diferente que pude experimentar para minha escrita.


4) Dentro de seu trabalho comentando livros há algum caso pitoresco, um escritor que o tenha surpreendido de maneira positiva ou nem tanto? Quais são as suas mais significativas inspirações para escrever?


A forma como um escritor conta sua história é o fator determinante que irá me prender ou não, que acharei válida ou não a indicação para outras pessoas. Se pararmos para pensar, tudo já foi escrito, mas a forma é o que empresta singularidade. É o olhar do escritor. Quanto a casos pitorescos, gosto de conhecer os autores porque sempre me surpreendo, e até hoje, positivamente. Mas nada exótico para contar.


5) Você hoje está em processo de construção de um livro, o que acha bacana destacar como fundamental nessa tomada de decisão?


Eu já li muito. Li e continuo lendo. Sou um leitor convicto, e ler, como sabemos, é uma atividade silenciosa e distante. Você pode estar no metrô e não estar ali porque a história o levou para uma guerra, uma colina, a leitura é um transporte. Mas eu tenho um enorme prazer em trocar, conversar, ouvir pessoas e falar sobre as coisas que sei, acho que daí surgiu a vontade de escrever. Além de leitor, à medida que indico livros e falo sobre eles me tornei um contador de histórias; agora pretendo escrever e contar a minha. Adianto que será uma ficção reflexiva.


6) Além da literatura, o que mais você curte em termos de arte?


Cinema. A sétima arte me seduz e sempre me seduziu; um bom filme, uma história bem contada em película, com todos os recursos que o cinema dispõe, como efeitos, trilhas sonoras, interpretações magistrais, figurinos e tantos outros, torna para mim o cinema uma arte fundamental. Depois eu junto a ela a fotografia.


7) Seu primeiro livro, pode nos adiantar do que se trata? Há como nos brindar com um velho - e necessário - aperitivo?


É uma ficção, mas uma ficção que lida de forma mais atenta, poderemos todos nos identificar com alguns personagens envolvidos na trama. Mais do que isso, me conheço, vou contar a história toda!


Blog Bons Livros para Ler:

bonslivrosparaler.com.br

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